quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Atenas

Eu estava ansiosa para conhecer Atenas, capital da Grécia, considerada berço da civilização européia. É um privilégio conhecer pessoalmente o que aprendi em sala de aula durante os anos de arquitetura.

O clima de emoção diminuiu bastante quando me dou conta que estou no meio de milhares de turistas com a mesma ansiedade que eu para conhecer e fotografar o lugar! Rsrs ...mas sem dúvida sempre vale a pena!!

Chegamos ao porto de Pireu nessa manhã e fomos recebidos por uma guia brasileira, carioca, chamada Nina, que mora em Atenas há 30 anos e por sorte também é arquiteta! Nina me fez relembrar as aulas de história da arquitetura, sobretudo de arquitetura clássica da faculdade.

Percorremos de ônibus o centro de Atenas que é uma metrópole com 457km² cercada de colinas. A cidade é agitada e confusa como todo grande centro. De muitos pontos da cidade podemos ver a Acrópole, (cidade alta) onde foi construído há 2.500 anos o Pártenon, templo dedicado à deusa Atena. Na subida para Acrópole, passamos pelo Propileus, entrada monumental do lugar, dessa entrada já vimos os templos: Erectéion, com o Pórtico das Cariátides, com as colunas em forma de mulheres em homenagem à força da mulher (viu como sempre souberam reconhecer ??); o Templo jônico (capitel com volúpias) de Atena Nique, dedicado à Atena da Vitória; o Museu da Acrópole (que fica num nível mais baixo do que todo o complexo arqueológico) e no centro da Acrópole está o Pártenon, templo dórico (colunas com o capitel simples, sem adornos). Sua construção durou cerca de nove anos, o que é considerado rápido para a época e mais seis anos para ser decorado com esculturas que incluía a Parthenos de Fídias, uma estátua de Atena com 12m de altura e coberta por marfim e uma tonelada de ouro! Na saída vimos o Teatro de Herodes Ático, um teatro-arena onde até hoje acontecem shows desde música popular grega até pop.

Todo esse tesouro arqueológico foi praticamente destruído por guerras, remoção de tesouros por outros países e também pela poluição. A parte já restaurada tem pedras propositalmente de cor diferente para evidenciar a intervenção.

Nina nos lembrou que o projeto do Pártenon foi feito em linhas suavemente curvas, pois os arquitetos Cálicrates e Ictino sabiam que dessa forma evitariam a distorção visual que ocorre quando fixamos o olhar em linhas paralelas.

A técnica da época para construir as colunas monumentais, consistia em sobrepor os blocos redondos de mármore que tinham no centro um orifício onde uma madeira era colocada para servir de eixo. As pedras eram erguidas manualmente, através de cordas e roldanas e eram assentadas meticulosamente seguindo pequenas marcas deixadas no momento do corte dos blocos de mármore, para que o encaixe fosse absolutamente perfeito. Como todas as colunas são verticalmente nervuradas, esses encaixes passam despercebidamente ao olhar e dão maior magnitude à obra do homem.

Uma boa dica é que você traga seu livro ou anotações sobre as obras, para acompanhar enquanto visita, caso contrário irá perder detalhes incríveis.

Na descida da Acrópole, fomos para o bairro Pláka, que fica no centro histórico de Atenas, conhecido pelo comércio, cafés e sempre cheio de turistas.

Retornamos ao navio e já estamos navegando em direção à Corfú, uma das ilhas Jônicas do mar Adriático.

Até lá!!

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