terça-feira, 25 de maio de 2010

Amanhã (20/05) sairemos de Mandawa às 9h em direção à Delhi (5 horas de carro). Em Delhi pegaremos um avião para Bangalore (1:30h de espera e 2h de vôo). Aguardaremos no aeroporto de Bangalore o vôo para Paris (2h de espera e 10h de vôo) e em Paris finalmente voaremos para o Rio (2h de espera e 11h de vôo). Depois disso tudo acho que só volto a escrever no facebook quando o jet leg passar, rsrsTô indo pra casa!! Beijos

domingo, 23 de maio de 2010

De Shekhawati fomos, em menos de 1 hora, para Mandawa, “the open gallery city” como é chamada. Nos hospedamos no “Mandawa Castle”. Quando chegamos ao castelo fomos surpreendidos com o intenso calor e levamos um tempo para nos acostumar.

No final da tarde caminhamos em volta do castelo para conhecer as casas dos nobres e as pinturas deixadas nas paredes, fachadas e detalhes de influência mongol, hindu e inglesa. O que nos impressionou é o abandono em que tudo isso se encontra.

Essas casas hoje são verdadeiros "cortiços" habitados por sem teto que acabam destruindo por falta de orientação. Eu jamais andaria nessa região sem um guia mas fiquei impressionada com um tesouro que precisa urgente de restauro e proteção.


Na volta do passeio fomos conhecer melhor o hotel que é um castelo heradado por uma família que está ampliando e restaurando as instalações pois esse hotel hoje é muito procurado por viajantes que cruzam a Índia de norte a sul como nós. Ele fica num ponto estrategicamente confortável para o pernoite durante a viagem.Nós ficamos no quarto principal do hotel, que era usado pelo dono desse castelo (uia!). Um quarto com pilares da arquitetura mongol, janelas com detalhes indianos, fotografias, pinturas, tapetes e peças expostas como um pequeno museu. Bem diferente de tudo que já conhecemos.

O ponto alto desse dia foi o jantar no jardim do hotel, com comida típica indiana e SEM pimenta (finally!). Eu provei vários pratos e adorei!! O representante pelos guias e motoristas que nos atenderam na Índia, Sr. Arum, jantou conosco e terminamos a viagem com um bate papo esclarecedor sobre todos os temas que escrevi aqui durante esses 14 dias. Uma aula de história, religião e valores.

Próximo ao nosso destino, paramos em Shekhawati, noroeste de Jaipur, antiga rota dos camelos e de palácios mongois, hoje vive basicamente do turismo e é habitada por um povo ainda mais pobre e cheio de tradições nas roupas e costumes. As grandes casas que pertencem aos descendentes dos imperadores foram transformadas em escolas e museus que guardam os registros da história dessa região.

Visitamos o museu Poddar School para conhecer a história desse povo através das pinturas e quadros nas paredes; fotos antigas e atuais da família, viagens e reuniões; ingênuas maquetes feitas em isopor colorido de todos os palácios daqui; exposição de turbantes e modelos com a vestimenta dos casamentos que diferenciam as castas e são usadas até hoje, pois o casamento ainda é a maior comemoração das famílias indianas.

Um guia local nos conduziu e contou que ele próprio estudou nessa casa que antes de ser museu foi à escola da região.

Já estamos começando nossa viagem de volta ao Brasil. Como a distância de Jaipur à Delhi é grande, vamos passar a noite de hoje num hotel/castelo em Mandawa. Saímos de Jaipur às 7:30h e pegamos uma estrada durante 4 horas, no início do deserto de Gobi, com a temperatura em 48°. Mesmo com o ar do carro no máximo, o sol que passava pelas janelas esquentava o interior.

Definitivamente o verão não é a melhor época para se conhecer a Índia!!

19/05/2010 - quarta - Jaipur

O jantar foi em Chokhi Dhani, um vilarejo criado para mostrar as tradições do rajasthan. Depois de passear pelo vilarejo, assistir apresentações de dança, fantoches, mágica, encantadores de cobra, passeio de camelo...fomos jantar e experimentar a culinária da região...o pouco que provei foi o suficiente pra beber toda ...a água do rajasthan...(ui!)...acabei ficando só com a sobremesa...rsrsr

Hoje encontramos nosso guia local, Mr. Kamesh. Ele nos foi recomendado por amigos do Brasil e adoramos conhecê-lo. Muito paciente e detalhista nos conduziu por dentro da história do lugar.

Nosso passeio começou pelo palácio dos ventos. Um prédio com a fachada de 6 andares mas que na verdade tem apenas 3...os outros 3 são apenas uma muralha para que não ultrapassassem. Nesse palácio as mulheres através das pequenas janelas podiam observar a rua e o que se passava na cidade. Passaram a chamar palácio dos ventos porque as janelas dos 3 andares superiores assobiavam quando o vento passava por elas...

Em seguida subimos para o Palácio da Cidade. Um maravilhoso complexo de prédios cercado por uma muralha imensa que remete a muralha da cinha!! O palácio tem um infinito labirinto de corredores, onde o imperador vivia com suas 12 esposas e 350 concubinas.

Os labirintos serviam para fuga em caso de ataque e para que ele próprio pudesse circular entre os comodos sem ser notado...

O ponto alto desse passeio foi a subida até o palácio nos elefantes! Não podia imaginar como graciosos eles são, aliás ELAS pois só as fazem essa atividade por serem mais serenas e obedientes.

Voltando ao centro da cidade, fomos conhecer o planetário (Jaipur Royal Observatory) projetado pelo imperador que era um homem inteligentíssimo e adorava astrologia, matemática, física e engenharia. Mr. kamesh nos contou que e o imperador que tinha uma vida tranquila, passava seu tempo lendo e estudando quando não estava caçando...

Fico imaginando quando ele dava atenção para 12 esposas e 350 concubinas!!! Começo a achar que o labirinto do palácio era pra ele fugir delas!!...rsrsrs

Mr. Kamesh nos levou para almoçar no Maharaja Restaurant (próprio para o marajá Mauro! rsrs) e recomendou que me servissem sem pimenta! Foi uma das melhores refeições que fiz na Índia!! Adorei!

No final do nosso passeio fomos ao comércio de Jaipur, que é muito famoso! Conheci um shopping popular e fiquei impressionada com a quantidade de lojas de pulseiras e todas as lojas cheias de clientes...como as indianas gostam de pulseiras!! Também fui a mais uma loja de sarees e camisas masculinas (kurta)...você entra, escolhe o tecido e eles confeccionam a camisa masculina em 1 hora ou levam no hotel caso não queira esperar!!... Nós testamos e ficaram ótimas!!

Terminamos o dia com um traquilo jantar no hotel e a sensação de que Jaipur foi uma agradável surpresa!

18/05/2010 - terça - Jaipur

Está programado para noite de hoje, um jantar tipicamente indiano (uia!) para conhecermos a culinária da Índia ocidental. Comeremos sentados no chão, usando as mãos e a comida será servida em folhas. Nosso guia apenas riu quando perguntei sobre a pimenta...cá entre nós, não gostei nada do sorriso dele! Vamos ver como vai ser esse jantar!
Continuamos seguindo para Jaipur e paramos para almoçar num restaurante no meio da estrada que é cercada de enormes campos quase nenhuma plantação nessa época do ano. Tudo muito seco e quente mostra como é de fato a sensação de se estar num deserto. Durante a viagem vimos pequenos ciclones de poeira vermelha formados por rajadas de vento que faziam nosso motorista diminuir a velocidade para atravessarmos por elas.

Depois de um total de 7h de viagem, chegamos a Jaipur que fica numa região montanhosa da Índia ocidental. Na entrada da cidade uma subida muito estreita complica a passagem dos carros. A entrada da cidade nos pareceu ainda mais pobre mas circulando pelo centro e bairros ficamos bem impressionados com as ruas largas, uma certa ordem no trânsito e calçadas largas. Um exótico encontro de arquiteturas onde um shopping absolutamente contemporâneo é vizinho de pequenas casas de construção artesanal...mas de todas as cidades que vimos até agora, Jaipur está nos causando um boa impressão...

Akbar se casou com uma esposa muçulmana, uma indiana e uma portuguesa, por isso os palácios sofreram essas 3 influências na sua construção. Delicados detalhes indianos, recortes muçulmanos nas pedras, pinturas que remetem aos ladrilhos portugueses, formam esse riquíssimo conjunto em arenito vermelho e mármores.

Fatehpur Skri (Agra Fort ou cidade murada) foi construído com uma requintada arquitetura que inclui posicionamento dos prédios de acordo com a estação do ano, posição do sol e direção dos ventos; tanques de reaproveitamento de águas pluviais; camas elevadas para fugir do calor;paredes externas duplas para evitar a absorção do calor do sol e muitos outros recursos.

Por causa da falta de água dessa região, o imperador deixou de usar esse palácio e a região que ficou abandonada hoje é habitada por uma população muito pobre. A quantidade de crianças e velhos, pedidos dinheiro e tentando vender artesanato, é impressionante. Os guias aconselham a não comprarmos nem darmos atenção a essas pessoas para não sermos cercados por todos os outros. É desconfortável a situação.

Enfrentamos um calor fortíssimo e apesar disso, torcíamos para não ventar, pois a sensação do vento nesse calor desértico é ainda pior! Ter que entrar na mesquita sem sapatos foi mais um desafio, mas valeu à pena. No pátio da mesquita foi construído um pequeno palácio todo em mármore branco em homenagem ao único filho que a esposa muçulmana lhe deu.

Todos que entram nesse palácio de mármore branco entregam como oferta tecidos (que hoje são doados as crianças pobres da região) e flores coloridas num altar central, depois amarram fios de seda nos recortes de mármore, enquanto fazem 3 pedidos. Eles dizem que é muito comum mulheres que não conseguem engravidar visitam o lugar para fazer seus pedidos.

O tecido, as flores e fios de seda que doamos (tudo num saquinho previamente preparado), compramos no pátio da mesquita, onde vários homens aguardam os turistas para isso. Mesmo sendo uma doação, o preço do “kit doação” é estipulado por eles e é tão constrangedor não comprar, quanto ter que comprar.


As crianças cercam os turistas e oferecem em TODAS AS LÍNGUAS: pulseiras, livros, postais; sempre dizendo que estão com fome e negociam para que não deixemos de comprar. Umas mergulham nos reservatórios de águas pluviais, que hoje guardam uma água estagnada, imunda e absolutamente verde de limo, para depois cobrarem pelo triste espetáculo.
Saímos de Agra (Índia Central) às 8h em direção à Jaipur (Índia ocidental). No meio do caminho, na região do Rajastão (terra de reis), encontramos com o guia Sammo que nos levou à Agra Fort. Um complexo de palácios Mongol, ao lado do rio Yamuna, onde vivia o imperador Akbar com suas 3 esposas e cerca de 200 comcubinas.

17/05/2010 - segunda - Jaipur

Ontem a conexão estava péssima e não consegui postar os comentários e as fotos...vamos ver se consigo hoje!!
São 24:20 aqui e está acontecendo aqui no hotel, um casamento indiano tradicional (de uma das famílias endinheiradas daqui)!! Vou descer para assistir e preciso tentar dormir cedo novamente, porque amanhã partimos para Jaipur!!! Até lá!!!
Fomos para o Taj Mahal no final da tarde, com o sol se pondo, para evitar o calor mais forte e para aproveitar a melhor luz para as fotos. O Taj Mahal é tudo aquilo que sempre ouvi: um espetáculo para os olhos!...Vocês vão ver os detalhes que conseguimos captar nas fotos!
Eu saí da sessão de massagem e sauna a vapor com o corpo são e a alma lavada. Pronta para a minha segunda etapa da visita à Agra que era conhecer o Taj Mahal.

16/05/2010 - domingo - Agra

Saímos de Delhi às 6 da manhã e chegamos em Agra entre 10:30 e 11:00h. A viagem por aqui nunca é tranquila porque não há lei no transito...a buzina é a sinalização e quem buzina mais alto ou tem mais coragem de pressionar com seu próprio carro, consegue passar primeiro...haja coração!!

Nosso motorista, Mr. Uma (o da cabeleira na orelha!! eca!!) é um excelente motorista (para os padrões daqui) e nos trouxe com segurança para Agra. Mauro passou o tempo todo alerta e tirando fotos (foi a primeira viagem dele pelas estradas daqui). Eu na minha segunda viagem de carro, usei protetor auricular, tapa-olhos e ...dormi durante a viagem.

Depois de vermos toda a pobreza e a dificuldade do povo daqui pela janela do carro, chegamos no hotel de Agra que é mais um paraíso no meio de toda essa loucura! Parece Shangrilá. Você atravessa o portão do hotel e está no paraíso!


Deixamos as malas no hotel e saímos em seguida com nosso guia local para conhecer Agra Fort e mais uma mesquita. Almoçamos e voltamos para o hotel para aproveitar um pouco do paraíso! Ficamos na piscina um pouco e eu fui fazer uma massagem ayurvédica e foi maravilhoso! A massagista se chama Mainyn e me contou que aprendeu a falar "obrigada" com alguns brasileiros que passaram por aqui...
Amanhã cedinho seguimos de carro para Agra, vamos conhecer o Taj Mahal. É uma viagem de 4 horas e estou curiosa para saber o que vamos ver pelo caminho. Precisamos dormir mais cedo hoje e já são 20:30h aqui!...Namastê!
Por todo o caminho vimos obras do metrô (que fica 30m abaixo da superfície e está em expansão), muitas casas e prédios demolidos para darem espaço a novas ruas e praças. Presenciamos a criação de um novo traço urbano na cidade. Ainda há muito para ver em Delhi e Paukaj nos deixou com o gostinho de quero mais...vamos ter que voltar algum dia para ver a nova Nova Delhi.
No final do passeio, já em New Delhi, almoçamos num restaurante de comida internacional, Cafe Rendevouz, e Paukaj mostrou ao Mauro um pouco da culinária do norte da Índia. Eu preferi me manter longe da pimenta...rsrs
Antes do almoço, Punkaj nos levou a uma loja de handcrafts para comprarmos produtos indianos... Vocês não têm idéia do que é pechinchar!!!...rsrsrs...ficamos cerca de 1 hora negociando com um vendedor com pinta de “Silvio Santos”. Foi divertidíssimo! Me ensinaram como usar o saree e fizemos bons negócios!
Por último visitamos o complexo de Qutb, onde está o Qutb Minar, um minarete (torre da vitória) c/ mais de 70m, erguido com pedras de arenito de diversas cores; a mesquita Quwat-ul-Islam com motivos hindus nos pilares; entalhes com texto do Alcorão no arco de entrada e na praça central, está um pilar de ferro do século IV, feito com o mastro de bandeiras é um marco da metalurgia indiana.
Fomos ao túmulo de Humayun, 2º imperador Mongol que governou aos 13 anos de idade e realizou o mais democrático governo desde então. Humayun não tinha pré-conceito e no seu governo, contou com a participação de representantes das diferentes religiões que compõem a Índia, isso garantiu a simpatia e o respeito de todos o...s povos. A construção da tumba em sua memória, ordenada por sua esposa, foi inspirada no Taj Mahal.
As embaixadas e os ministérios ficam em ruas próximas ao palácio do governo. Prédios e casas, com arquitetura basicamente inglesa, jardins muito bem cuidados e forte segurança armada em todos os lugares.
O palácio do governo, Vijay Chowk, fica numa avenida muito larga (a única daqui) onde ao lado estão o parlamento e o arquivo nacional. No mesmo eixo do Vijay Chowk está o Índia Gate (enorme dossel como o arco do triunfo) e no meio da avenida um grande chafariz. Os prédios de arenito vermelho, dispostos simetricamente nessa larga avenida fazem um belo conjunto.
A mesquita Jami Masjid é feita de pedras de arenito vermelho, presentes em grande parte das construções daqui e detalhes em baixo relevo de mármore carrara e onix.
Visitamos em Old Delhi, Jami Masjid, que é a maior mesquita da Índia. Ela é vista à distância pois fica no topo de uma ladeira. No interior um enorme pátio, com um tanque de água onde os homens se lavam antes de rezar ajoelhados ou deitados em direção à Meca, é cercado de varandas onde as mulheres separadamente se colocam para rezar.
As mercadorias expostas nas lojas, em barracas ou espalhadas pelas calçadas; o emaranhado de centenas de fios elétricos amarrados aos postes; prédios que são residenciais e comerciais ao mesmo tempo com aparência de abandono; dão ao lugar uma impressão de desordem e insegurança.
Old Delhi é hoje um grande centro comercial com todos os tipos de produtos (comidas, roupas, jóias, oficinas) que por terem um preço menor, vivem lotadas de compradores de todas as partes.

Saímos bem cedo para fugir do calor superior a 40°. Fomos, em primeiro lugar, à Old Delhi. Os quarteirões que formam a parte antiga da cidade são formados por ruelas com pequenos e velhos prédios, cuja arquitetura basicamente muçulmana é cheia de influência inglesa e detalhes indianos nas grades e sacadas.

15/05/2010 - sábado - Delhi

O passeio por Delhi foi ótimo! Nosso guia aqui em Delhi foi Paukaj, um ex-funcionário da HP. O seu enorme interesse em história e arquitetura pesou na hora de decidir em mudar de profissão. Sorte nossa que conhecemos um excelente guia!
Amanhã vamos sair às 8:00 para conhecer New Delhi e Old Delhi e vamos a um comércio de rua também. A previsão para amanhã é de 40° (ufa! mais fresco!)...
O vento não demorou mais do que 15 min mas foi o suficiente pra piorar o transito, tumultuar quem passava pela rua, nos assustar e terminar com a linda festa. Agora que o vento passou, consigo ver alguns convidados voltando mas nada mais está no lugar...e essa nuvem de poeira deve demorar a passar...uma pena!
...mas há poucos minutos começou uma ventania fortíssima que balançou as janelas, levantou a poeira de todos os lugares, fez os pássaros voarem sem rumo certo e acabou com a festa lá embaixo. Os convidados entraram para o salão do hotel e um mundo de funcionários correu para salvar o que restava...copos, enfeites, toalhas, flores...uma pena mas o vento destruiu tudo!
Acabamos de voltar para o hotel e estava acontecendo uma festa aqui ao lado da piscina. Pela janela do quarto estávamos vendo a decoração lindíssima com flores, luzes, toalhas vermelhas bordadas de dourado e os convidados pareciam fazer parte de um dos filmes de Bolliwood...sarees vermelhos, pretos, amarelos, todas as cor...e todos com muitos bordados e brilhos!...muitos dos homens com aquela bata longa sobre a calça.
A cidade tem uma nuvem de poeira e a sensação de calor deixa mesmo aquela impressão de deserto.
Pela janela do avião pude ver uma Delhi com traços urbanos bem definidos, avenidas maiores cortando a cidade e ruas dispostas cartesianamente dando uma impressão que houve um projeto de urbanização. Deu para ver muitos condomínios de prédios e casas e árvores em todos os quarteirões...de cima pude notar uma cor amarela...da em todos os prédios, ruas e árvores e quando aterrizamos deu para ver que era poeira mesmo.

14/05/2010 - sexta - Delhi

Já estamos em Delhi. Saímos de Bangalore pela Spice Jet às 8:45 e chegamos em Delhi às 10:45. Quem nos disse que hoje faria 43° graus aqui, errou...a temperatura aqui chegou a 46° hoje (delícia!).



Depois do check-in no hotel saímos para conhecer um dos shopping que tem aqui perto (são muitos!). Deu pra ver que o trânsito aqui é pior (mais desordenado e mais cheio) mas eu acho que estou começando a me acostumar, porque não me incomodei tanto.






Vi muitas mulheres de roupas ocidentais por aqui, carros mais modernos e no hotel onde estou, muitos moradores de Delhi vem almoçar e trazem seus filhos para aulas de natação da piscina do hotel (olha que legal!).

As fotos de hoje foram tiradas pelo Mauro, que foi conhecer um dos prédios da IBM daqui. Eu já havia dito que a IBM Bangalore é onde está o maior Global Delivery Center (Centro de prestação de serviços de informática para clientes do mundo inteiro). Em toda IBM India trabalham hoje cerca de 85 mil pessoas...que tal?

A empresas de tecnologia estão contratando cerca de 300 pessoas por mês, todos na faixa de 25/30 anos, graduados, muitos com mestrado, doutorado, totalmente capacitados, dispostos, disponíveis e cheios de energia para entrar nesse mundo corporativo!...Fora a enorme quantidade de jovens que está agora nas universidades ...se preparando para estar nessa competição também!!....é......be prepared!

Sabe aquela frase: Tá incomodado? Se muda!...pois é, o indianos também estão incomodados e não é de hoje...estão mudando!!!....interessante ver isso ao vivo!

13/05/2010 - quinta - Bangalore

Hoje é nosso último dia em Bangalore. Tirei o dia para descansar e aproveitar o hotel. Acordei por volta das 14:00h, caminhei até um moderno e luxuoso shopping que existe atrás do hotel, UB City Mall, fiz um lanche rápido, voltei para a piscina, fui ao SPA do hotel e dormi mais um pouco. Estou totalmente desorganizada com esse fuso horário de 8 horas e 30 minutos do Brasil.

Como hoje saí sozinha, procurei não usar bolsa nem levar a máquina para tentar observar mais do que ser observada. Não adiantou muito, mas ver esse pessoal aqui nessa região de empresas e escritórios onde estou, me encheu de novas questões...

Agora a noite fomos jantar num hotel maravilhoso com os amigos latinos, no Leela Palace Hotel. A maioria deles ainda não teve oportunidade de conhecer a cidade porque está trabalhando... o assunto do jantar foi sobre as aventuras dos acompanhantes nos passeios por Bangalore. O mais bacana é que não estamos saindo juntos... mas nossos comentários foram semelhantes...Estamos todos impressionados com essa experiência.

GENTE! tô amando isso e dançando junto aqui no meio do quarto! kkkkkkkkkkkMelhor que aula de aeróbica!! kkkkkkk Você tá aí me lendo??? DANÇA!!!!!!!! kkkkkkkkkk
Como voltei mais cedo para o hotel hoje, tive tempo de ver TV com calma. Os filmes são um capítulo a parte de toda história da Índia. Todo mundo já ouviu falar em Bollywood e é realmente fantástico o valor que eles dão aos filmes. As histórias são sempre de amor proibido...com doses enormes de drama, sofrimento e a cada movimento uma música com dancinha e tudo.

O que chama atenção é a quantidade de gente que trabalha em cada filme!!! Zilhões...e esse povo todo DANÇA!! E dança por qualquer coisa: o namoro acabou? Dança! O namorado voltou? Dança! Mas o pai não deixou? Dança todo mundo e o pai também! Kkkk ADOREI!! Kkkkk

Isso sem falar nos clipes da MTV !! Adivinha?? São clipes super longos e TODO MUNDO DANÇA!!! Kkkk (mesmo que o cantor seja velhinho!) ai ai.É uma dança frenética, cheia de significado e interpretação. Você consegue entender a música sem entender o que eles dizem kkkkkk


Parece que a intenção é dançar e a história nem tem tanta importância assim rsrsrsO cara está cantando na rua? Até pedestre dança! O cara está numa cama de hospital? o médico dança! Cantando numa montanha, sozinho e triste? Surge gente atrás de pedra ou de árvore e dançam!!

Hoje eu tirei mais fotos das pessoas do que dos lugares que visitei. Eu acho que estou mais impressionada com as pessoas e o comportamento delas do que do lugar propriamente.

A explicação para aquele suspiro irônico é que os jovens indianos, só querem estudar e ficam passando de uma universidade para outra...muitas são mantidas pelo governo que dá alimentação, livros, cadernos e até transporte na maioria dos casos. Mesmo não sendo as melhores os jovens se mantém nelas, com isso eles acabam ...não saindo de casa e continuam dependentes dos pais por muito mais anos.
Nagaraja me levou em ruas residências e me mostrou onde as pessoas com melhor condição financeira moram...e ele deu muita ênfase às casa com jardim: “esse senhor ainda tem um jardim só dele!” – ele dizia. Também percorremos alamedas com faculdades dos dois lados da rua e quando eu disse que estava surpresa com a quantidade de faculdades, Nagaraja com certa ironia suspirou.
Turistas pagam 100 rúpias e moradores 5 rúpias...estava cheio de moradores lá...mas não estou falando nada demais, porque pela quantidade de indianos que existem aqui, qualquer lugar enche fácil! Nesse palácio, fotos só do lado de fora também.
Depois fomos ao palácio do sultão Tipu (não disse que esse sultão é cheio de palácios?!). Esse palácio fica bem no centro de Bangalore e é bem menor do que o de verão que fica em Mysore, também é todo de madeira esculpida e colorida e achei que poderia ter uma melhor manutenção, jardins também são muito bem cuidados.

O meu ticket dava direito a ganhar um livro e o senhor que estava conversando comigo se ofereceu para escolher um deles pra mim, estou levando “Message of Godhead” pra casa.

Todos percorrem o mesmo roteiro e visitam todas as salas, que incluem livraria, lojinha, e locais para oração. Na saída eles oferecem a todos numa tigelinha feita de folha, um porção de kichri que é um prato indiano feito de arroz, lentilha, cebola, tomate e especiarias (eu só senti o gostinho do arroz).

Eu confesso q comparei o ISKON temple à catedral de N.S. Aparecida em SP, quem já foi sabe do que estou falando... o chato é que “photos are not aloud” :o(

Na entrada o carro é revistado por policiais que usam espelho para olhar embaixo do carro e um detector de explosivos por todo o carro. Na entrada fui revistada por uma policial que depois de elogiar minha roupa e brincos, revistou minha bolsa, olhou e sorriu ao ver meu relógio que estava dentro dela (eu e minha interpretação carioca, ai ai). Eu contei que no hotel onde estou também fazem essa revista sempre que entramos?




Por todo o santuário pode-se ouvir o maha-mantra que é aquela música hare krishan que todos cantamos. Não pode entrar calçado e muitas pessoas visitam o santuário todos os dias. A entrada não é cobrada, mas se você quiser pagar 108 rúpias poderá fazer o mesmo percurso que os outros, porém com filas bem menores (uma espécie de fast pass), com isso pude ver mais de perto as imagens e tive mais tempo para observar tudo.O mantra entra mesmo dentro do pensamento... saí de lá cantando. Foi o primeiro lugar em que as pessoas interagiram comigo. Um grupo perguntou de onde eu era e uma das meninas do grupo sabia algo sobre o Brasil. Uma senhora com duas crianças pequenas ao se sentar do meu lado, disse que eu cheirava bem e os menininhos concordaram rsrs (eu já disse que os cheiros aqui são “complicados”?).
Fomos ao templo ISKCON q é o maior santuário Hare Krishna do mundo dedicado principalmente a Radha- Krishna. Nesse templo também estão os santuários de Sri Sri Krishna Balrama, Nitai Sri Gauranga, Sri Prahlada Narasimha e Srinivasa Sri Govinda. O prédio fica no alto de um morro (Hare Krishna Hill). Pode-se ver de longe... o prédio central é uma mistura de arquitetura contemporânea com elementos tradicionais indianos.

Conheci hoje uma parte residencial da cidade. Não há muita diferença de fato, mas pude ver mais casas e ruas com alamedas que as tornam bem frescas e bonitas. Infelizmente confirmei que não há mesmo limpeza na cidade (a não ser pelos Dalits que vi limpando e varrendo alguns pontos) e não vi nenhuma empresa recolhendo o lixo que fica acumulado em grande quantidade e em diferentes pontos...uma pena

A empresa que contratamos para nos guiar em Bangalore enviou hoje um novo guia e um carro diferente. O guia se chama Nagaraja. Esse é mais experiente do que o Moran. Nagaraja me contou que a cidade está muito mais confusa com as obras do metrô e eles esperam terminar nos próximos 3 anos. Contou que os políticos daqui não são tão confiáveis e que há desvio de verbas o que prejudica o crescimento (Hã? Oi? Como? Hein? Como assim?).

12/05/2010 - quarta - Bangalore

Só para registrar aqui...a pizza estava ótimaaaaa...matei a vontade ( e a fome!) rsrsrrrss
Ainda em Mysore, subimos a Chamundi Hill e fui ver o Nandi Agachado (é touro sentado mesmo!), outro templo dedicado à Nandi mas esse não tem cobertura, a estátua que foi esculpida num só bloco de pedra também, fica exposta para ser adorada em céu aberto.
Antes de voltar para Bangalore, parei para fotografar a Cathedral of St. Philomena, uma catedral neogótica terminada em 1959. O vitral no interior dela é lindo!! But ... no flash photografies please! :o( Pelo menos tirei uma foto da parte externa...
Como eu estava distante demais do hotel (que é meu oásis aqui!!), tive que parar para comer algo (esse algo é que me dá arrepios!) mas como lembrei ter visto um Mc Donald no caminho, pedi para Moran dar uma paradinha básica. Já estava sonhando com meu Big Mac, Coca e batatinha....
Quando cheguei lá e descobri que aqui até o Mc Donald é vegetariano e a única exceção é o hambúrguer de frango...e mesmo assim, adivinha????? Spiceeeeeeeeeeeeeee...eu já tô de saco cheio de tanta pimenta!!!!! Acabei me entupindo de batatinhas e deixei o hambúrguer de frango cheio de pimenta pra lá... (ai ai...)
Pensando aqui: Quem sabe se eu enchesse de pimenta a comida dos meus filhos, que são vegetarianos, eles voltariam a comer carninha???Não né? Bobagem...deixa eles com a opção deles...Ser mãe é padecer cozinhando legumes e verduras e viver buscando novas receitas pra fazer a soja virar algo MUITO gostoso!!DUCA !!!! BEDÔ ...!!! TÔ COM MUITA SAUDADE DE VOCÊS MEUS AMORES!!
Mauro, com peninha do meu estômago, disse que vai me presentear hoje com uma pizza de mussarela...estou parecendo grávida, cheia de desejos e sonhando com essa pizza (só não sei onde ele vai conseguir essa 8ª maravilha do mundo por aqui !?!...). Bom, amanhã eu conto como foi!





Depois de mais uns minutos naquela estrada empoeirada, chegamos ao Palácio de Mysore (Amba Vilas Palace) – residência dos soberanos Wodeyras, um prédio lindíssimo todo cheio de entalhes coloridos, portas imensas que mais parecem bordados em madeira e vitrais coloridos que enche de luz o interior do palácio.
A delicadeza dos entalhes e a riqueza de detalhes é impressionante! As portas entalhadas em prata também me chamaram atenção. Pena que não se pode fotografar na parte interna do palácio! (eles obrigam a deixar a máquina num escaninho e cobram 5 rúpias por isso).
Só como curiosidade: 1 rúpia equivale a 5 centavos no Brasil. Cada palácio, museu e igreja por aqui cobrano mínimo 100 rúpias para visitação; 10 rúpias é a gorjeta mínima esperada por todos por aqui...e apesar de tudo ser bem barato, como se pode ver, eles esperam ganhar rúpias até para tirar uma foto com você...não aconselho a dar esmolas!! Se você der pra um, zilhões de outros surgem do nada querendo também!
Não sei se falei antes, mas é necessário entrar descalço nos templos e na maioria dos palácios. Cada vez que deixo meu sapato do lado de fora, fico me perguntando se vou encontrá-lo na saída...alguém aí assistiu: who wants to be a millionaire? ...pois é, eu assisti! RsrsrsE não vá dizer que estou sendo pré-conceituosa!...! Esqueceu que sou carioca??? Sei bem como é!! rsrsrs (tô rindo de que, né? ... ai ai)




A primeira parada foi em Srirangapattana no palácio de verão do sultão Tipu. Aliás, ô sultão pra ter palácio esse! Deve ser um p/ cada estação! Como é um palácio Muslim (religião Islâmica) nosso motorista que é Hindú, não pode entrar e eu fui sozinha.Pra quem não sabe as mulheres Muslim são aquelas que usam o Hijab ou Niqab, aquele véu preto que cobre todo o rosto, e usam a Burca preta também, com isso só se vê os olhos e as mãos. Os homens se vestem de branco e usam o chapéu muçulmano, barba e bigode.Havia outros Indianos visitando esse palácio também, mas definitivamente a única pessoa que estava vestindo uma roupa estranha ali, era eu. Só pude fotografar a parte externa, mas é impressionante ver que o palácio é todo de madeira delicadamente esculpida e vazada, como muxarabins.
Algumas peças usadas no palácio também estavam expostas e levando em conta o estado das peças (sujas, amassadas e manchadas) me deu a impressão que o sultão não tinha lá bons criados não...
Na varanda principal estão expostos, para uma emergência, DOIS baldes de ferro pintados de vermelho com uma placa que diz: FIRE Num balde há água (que deve estar alí desde o tempo do sultão de tão suja que está...) e no outro há areia...Por Allah!!! Que nunca aconteça nenhum incêndio ali!!!!!!!!!!!!!!!!
O jardim estava bem cuidado e apesar do calor de 43° que fez hoje naquelas bandas, estava agradável a sombra naquele jardim (Tá vendo como tô entrando no “clima”?)Falando em calor... Vocês sabiam que Bangalore é a cidade mais fresquinha da Índia????Putz.....e eu daqui a uns dias vou pra Delhi, que dizem ser uma das mais quentes!!! Haja protetor solar e leque de sândalo!!!!






11/05/2010 - terça - Bangalore

Hoje o Mauro começou a trabalhar aqui e sai sozinha com nosso guia, Moran. Saímos de Bangalore às 8:00 da manhã e chegamos em Mysore 3 horas depois. A estrada daqui até lá é praticamente reta, sem retornos programados e o tempo todo tuk tuks, caminhões, pedestres, vacas e tudo mais que você pode imaginar, cruzava a estrada sem aviso e sem cuidado. Posso dizer que foi uma viagem...emocionante.
Se eu estava achando Bangalore mal cuidada, carente e sem limpeza é preciso me preparar, pois confirmei hoje que estou na cidade mais rica e bem cuidada da Índia. Daqui para diante é baixar a expectativa e preparar o coração!
Por todo o caminho eu pude ver plantações de cana e arroz. O que mais me chamou atenção foi a quantidade de universidades de medicina (4), enfermagem (2), ortodontia (2) e engenharia (3) em todas elas vi muitos jovens entrando e saindo à pé, de bicicleta e em ônibus que mais pareciam carroças, de tão mal tratados. A maioria das moças de saree, os rapazes de camisa social e reparei que todos usavam chinelos.
Muita poeira e carros mal conservados fizeram a viagem parecer bem mais longa. A velocidade média dos carros na estrada é de 60km/h e no centro é de 40km/h. Só os poucos carros modernos passavam rápido por nós.Eu já contei pra vocês que eles buzinam a todo momento?? Já???? Caraca!! que votande de abrir a janela do carro e mandar eles buzinarem na #@%&:+@!#!!!!!!!!!!!!!!





Para os Hindús, o sistema de castas é uma divisão social importante. A Constituição Indiana rejeita a discriminação entre castas alinhada com os princípios democráticos que fundaram a nação. Li que barreiras de casta deixaram de existir nas grandes cidades e que persistem principalmente na zona rural do país.
Conversando com Moran (nosso guia) e andando pela cidade, vejo que ainda hoje existe a discriminação. Há uma impressionante resignação das castas mais baixas que cumprem seu papel como quem não tem outra alternativa.
Como escrevi ontem, os Dalits estão pleiteando aulas de inglês em suas escolas. Viva o desenvolvimento social e a globalização que abre oportunidades e disponibiliza informações atuais do que se passa no resto do mundo!
Percorrendo as ruas da cidade pude constatar vários problemas urbanos. A sujeira e desorganização são o que mais me chamaram atenção. Não vi obras urbanas aparentes (exceto a construção do metrô) o que dá impressão de não ter nenhuma iniciativa para que esse quadro mude. Só que a cidade está em pleno crescimento econômico e cada dia mais e mais pessoas estão vindo para cá!
A energia aqui é interrompida várias vezes por dia e a informação que tive sobre isso é que não há capacidade de energia suficiente para abastecer a cidade. O que é impressionante, já que há aqui uma enorme quantidade de empresas ligadas a tecnologia da informação! Todos dependem de geradores para funcionar.
Passei pelas obras do metrô daqui e pude ver que os trens correrão pela superfície. A estrutura que está sendo construída para os trens, passa por cima das ruas estreitas (raras são as de mão única!) e constantemente congestionadas com transportes públicos deficientes e automóveis mal conservados.



Existe uma enorme quantidade de tuk tuks, que não são nada seguros e complicam ainda mais o trânsito. Fora isso é assustadora a conduta dos motoristas que não sinalizam nem obedecem a sinalização (dá pra contar os sinais de trânsito que funcionam!)...daí o “buzinaço” enlouquecedor!
Visitamos Mysore Resham Emporium loja de trajes típicos daqui e fomos a uma casa de handcrafts onde tivemos uma aula de tapetes indianos com explicações e demonstração sobre como são feitos. As peças são feitas à mão por no mínimo duas pessoas e cada tipo de tapete representa uma estilo. Cada estilo tem um desenho e cores, esse “molde” é escrito em código inventado com letras e números para que ninguém possa copiá-los.
Fomos a Vidhana Soudha - Assembléia Legislativa que foi construída na década de 1950, uma das construções mais bem conservadas que vi por aqui e Attara Kacheri – Prédio da Corte Suprema. Um prédio todo vermelho construído em 1867 em estilo gótico, abriga 18 gabinetes da Receita e Secretaria-Geral.
Visitamos Lal Bagh Botanical garden que é o jardim botânico daqui, aliás Bangalore é conhecida como cidade verde porque é cheia de árvores, parques e praças. Infelizmente tenho achado tudo muito sujo e sem conservação por aqui.

10/05/2010 - segunda - Bangalore

Hoje saímos para conhecer a cidade com nosso guia local, Moran (que significa Mauro em Hindi...rsrs). Fomos ao Bull Temple - templo hinduísta onde é venerada uma estátua de Nandi (touro) em granito esculpido no local, como eles relatam, que mede 6m de largura por 5m de altura.



Os hinduístas vem em grupos caminham em torno da imagem, passam a mão na pedra, se banham com a fumaça dos incensos e rezam. O touro representa força, coragem, determinação e é a representação de Lord Shivas Vahana.
Acabamos de chegar do almoço e reitero o que disse, minha dieta aqui vai funcionar ainda mais...impossível comer sem pimenta por aqui :o(
Depois do almoço fomos explorar o hotel, que é um oásis no meio dessa região. Descobrimos que ao lado do hotel tem um terreno cheios de árvores e macacos!! Tiramos algumas fotos. Os macacos, as vacas, as virgens (e as loiras hehe) são sagrados aqui. Ninguém maltrata ou come esses animais (exceto as virgens - ufa - haha...ha!....deixem fora as loiras dessa piadinha hein?!?!)



Curiosidade: Bangalore fica no sul da Índia e o rio ganges no oeste. Nas margens do rio ("rio da vida" ou "onde todos se igualam") é onde a maioria dos indianos cremam seus mortos. Varanasi é cidade onde são cremados por dia de 200 a 300 corpos.São lançados diretamente no ganges os corpos de leprosos, os considerados puros, as gravidas ,crianças com menos de 10 anos, vacas e é nesse rio que as pessoas se banham, bebem e levam um pouco da água para seus doentes pois acreditam que é um rio sagrado. Não vou passar perto mas as fotos que vi foram chocantes.

sábado, 22 de maio de 2010

O fuso horário é de 8:30h (não sabia que havia fuso com horário quebrado assim). A Índia é o 2º país mais populoso (o 1º é a China), é o 10º PIB do mundo e é 1/3 do tamanho do Brasil.A mão de obra aqui é barata, a quantidade de jovens com boa formação tecnológica e em engenharias é grande e com isso Bangalore é conhecido como o vale do Silício da Índia. A Índia é o maior exportador no setor de serviços de informática.
A Índia é auto-suficiente em alimentos, produz todo produto manufaturado que consome, é o maior exportador de chá, pedras preciosas, ferro, algodão, juta e seda.
A Índia recebe cerca de 4 milhões de turistas por ano (mas a minoria deve ser loira porque continuam me olhando como se eu viesse de outro mundo!)

09/05/2010 - domingo - Bangalore

Nosso 1º passeio foi a pé nas ruas próximas ao hotel. Apesar de ser domingo a quantidade de carros, ônibus, tuk tuks e riquixás é imensa e TODOS, absolutamente TODOS buzinam insistentemente, o que aliás, fiquei sabendo agora, é o recomendado aqui...se vai dirigir na Índia, buzine! Os motoristas fazem suas próprias regras, param, fazem retorno e dirigem aonde bem entendem ...deve ser por isso a necessidade da buzina! (caramba!)
A viagem foi menos sacrificante do que eu imaginava. Foram 10 horas do Rio à Paris e graças ao São Dramim, dormimos como anjinhos rsrs
Em Paris aguardamos por 2 horas a conexão para Bangalore, não sem antes dar a volta em todo aeroporto pois o terminal para a Índia fica muito distante do prédio em que desembarcamos.
De Paris para a Índia foram 12 horas num vôo diurno.
Evitamos dormir para começarmos a nos adaptar ao fuso.
A viagem foi confortável e a quantidade de filmes, desenhos e séries de TV era tão grande que nos distraímos sem sentir a hora passar.
No avião já deu pra sentir o “taste of Índia”...acho que até no pão tinha pimenta.
To achando que minha dieta vai ser ainda mais rigorosa por aqui rsrs

Saímos do Rio no dia 07/05 às 15:00h e chegamos aqui às 24:00h do dia 08/05. O fuso é de 8:30h a mais do que o Brasil.

No caminho do aeroporto ao hotel deu para perceber que Bangalore, que é a 5ª maior cidade da Índia, não é uma cidade propriamente turística, se fosse possível comparar, diria que Bangalore (ou Bangaluru – novo nome da cidade) é a nossa São Paulo.

Não entendi porque, mas durante todo o percurso, ouvi muitas buzinas. Eles buzinam pra tudo e no meio da madrugada!! Quem consegue dormir assim??

Estamos hospedados no Hotel ITC Royal Gardenia, no centro de Bangalore. Ontem fomos recebidos com colar de flores de jasmim e uma echarpe de seda...já entramos no clima!!
Depois de uma noite super bem dormida, com 6 tipos de travesseiros para escolher, leite morno, chás quentinhos, cheirinhos de ervas nos travesseiros, óleos para serem usados nos pulsos e temporas, um manual ensinando como dormir bem e tudo mais que eles disponibilizam para um sono relaxante, estou pronta para o primeiro passeio em Bangalore.
Namastê!

Minha viagem à Índia 07/05/2010 à 21/05/2010

Como nem todos os nossos amigos entendem português, decidi colocar o meu diário da viagem à Índia que fiz no facebook, com fotos e comentários, num blog. Divirtam-se!

Vamos conhecer as cidades: Bangalore, New Delhi, Agra, Jaipur e Mandawa.
Faremos grande parte dessa viagem de carro e pretendo relatar todas as minhas experiências por aqui, com comentários e fotos.



09/05/2010 - domingo - Bangalore
Acabamos de chegar em Bangalore - Índia. São 4 horas da manhã aqui (8:30 a menos no Brasil).
Primeira impressão: cheiro de curry no desembarque e fui apontada por crianças no aeroporto. Meu cabelo amarelo não é nada comum por aqui ¬¬
Vou dormir e mais tarde vou conhecer a cidade.
Namastê!