quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Minha história sobre Paraty

Os amigos acabaram me convencendo de que deveria continuar a escrever sobre os lugares que conheci as experiências que vivi neles, o que aprendi e as viagens que continuo fazendo.

Não fui a nenhum lugar tão diferente dos que vocês já conhecem de alguma maneira, mas concordo com os amigos que é sempre interessante ouvir de outra pessoa, impressões de situação que já passamos.
Estou sendo sempre cobrada para falar sobre Paraty. Cidade onde vive minha família por parte de mãe e que conheço desde que nasci. Por conta disso, aqui vão minhas impressões sobre Paraty.

Paraty, município do Rio de Janeiro, situado ao sul do estado e faz fronteira com São Paulo. Cidade histórica propositalmente criada numa baía para facilitar a segurança numa época de invasões, piratarias e pilhagens.

De Paraty02

O ano de fundação da cidade é incerto, pois para os devotos de São Roque que povoavam o morro da vila velha (hoje morro do forte), foi em 1540; para Martins Correa de Sá que empreendeu uma expedição contra os índios locais, foi em 1600; e ainda em 1606 com a chegada dos primeiros sesmeiros (proprietários das capitanias hereditárias).

Conheço Paraty desde que vim ao mundo. Minha família por parte de mãe é de Paraty e me trouxeram para conhecer minha avó antes do meu primeiro ano de vida.

Paraty foi o ponto final do "caminho do ouro". A "estrada real" que começava em Diamantina e terminava no cais de Paraty, era utilizada para transportar nossas riquezas que foram levadas para Europa em navios que atracavam fora da baia.
A curiosidade é que esses navios vinham cheios de pedras, que serviam de lastro (peso) para a travessia do atlântico e aqui as pedras eram trocadas pelas nossas riquezas, ouro, madeira, pedras preciosas e também escravos. Essas pedras foram usadas para o calçamento das ruas e construção da maioria das casas da região.
Andar pelas ruas de Paraty e ver as pedras, chamadas de pé de moleque, dá uma idéia do quanto nos foi tirado...

De Paraty02

A estrada Rio-Santos começou a ser utilizada entre 1973 e 1975, não teve inauguração oficial. Antes dessa data, chegávamos aqui vindos de trem da Leopoldina até Mangaratiba e lá pegávamos uma barca que nos trazia até o cais de Paraty.

As lembranças dessa chegada ainda me enchem de emoção. Ver a igreja de Sta. Rita crescendo aos olhos e começar a reconhecer as carinhas dos primos no cais era de tirar o fôlego!

Outro caminho para chegar à Paraty era pela estrada de Cunha (parte final da Estrada Real), mas como é uma estrada na beira da serra do mar, com um declive acentuado e chão de barro, viajar por ali numa região de muitas chuvas como é essa, era um convite para os inúmeros acidentes que aconteceram por lá.




Paraty foi considerada patrimônio estadual em 1945, tombada pelo patrimônio histórico e artístico nacional em 1958 e finalmente convertida em monumento nacional em 1966.

Como Paraty está 5 cm abaixo do nível do mar, ao sabor das marés a cidade se transforma numa pequena Veneza brasileira. Lembro que o mar entrava em muitas ruas do centro e era lindo ver o pessoal usando canoa nas ruas. Hoje o mar entra no centro histórico, não invade as ruas como antes, mas ainda nos presenteia com belíssimas fotos e surpreende de forma divertida os turistas.

Os carros pararam de circular no centro histórico nos anos 80 e as correntes cercam o casario tombado criando um museu a céu aberto para visitação.

Casas seculares com arquitetura colonial guardam segredos da maçonaria que foi trazida para cá ainda no tempo do império. O imperador também era dessa irmandade. Símbolos da maçonaria são discreta e estrategicamente colocados para significar a presença dos "irmãos maçons" nessa região: Os bordados das fachadas escondem a letra "G" e triângulos que são símbolos da maçonaria. Nos cruzamentos das ruas do centro você observará que só existem três esquinas com "cunhal" na quina das casas (acabamento em pedra para estrutura e proteção das construções), esses três cunhais formam um triângulo.

Numa época de gripes epidêmicas e doenças desconhecidas que dizimavam uma população inteira, Paraty foi desenhada por um "arruador" (urbanista daquele tempo) com ruas sempre curvas evitando a perpendicularidade com o mar para diminuir a ação do vento encanado. O desencontro das ruas fez do centro histórico um belo labirinto onde até hoje me divirto vendo os turistas perdidos tentando achar a praça e indo em direção exatamente oposta a ela (rindo). Não me ache má, esse turista terá oportunidade de andar um pouco mais e conhecer ainda mais das maravilhas do centro (controlando o riso aqui).

Uma coisa que não me conformo é ver as turistas com saltos altos tentando andar em passos desequilibrados pelas pedras da cidade...será que a vaidade é maior que o interesse em olhar para cima e ver tudo que há para ser visto ou a turista veio pra cá sem saber pra onde estava indo?? (rindo ainda).

Na época em que minha avó ainda era viva, vir para Paraty era um programa de todas as férias. Vocês lembram que tínhamos quatro meses de férias escolares por ano?? Dezembro, janeiro, fevereiro e julho! ai ai...bons tempos!

Nossos programas aqui eram ligados a família, ao mar e a devoção da minha avó por Sta. Rita, ela nos fazia ir à missa todos os domingos com cabelos penteados, sapatos e vestido bonito. Fora isso nossos trajes oficiais eram short, camiseta e um chinelo, se houvesse. Horas de brincadeiras com a quantidade imensa de primos que tenho, os passeios de barco com meus tios que eram pescadores, acompanhar minhas tias nas faxinas em casas do centro histórico que os turistas alugavam ou compravam despertou em mim o amor a essa terra, a valorizar tudo que há aqui e o olhar para a arquitetura e os materiais usados nas construções aqui. Muita madeira, pedras, paredes largas, beirais que mostram se a família que morava naquela casa tinha ou não posses.

Você lembra dessa expressão? "sem eira nem beira"? Então dê uma olhada para cima quando vier aqui e preste atenção nos beirais das casas que vão de simples acabamento em madeira, lindos bordados em madeira esculpida, largos e rebuscados até telhas em louça portuguesas pintadas com desenhos azuis. Cada um deles representa a faixa da sociedade que essa família ocupava.

Não deixe de ver o “sobrado dos bonecos”, que tem esse nome por causa das quatro estátuas de adorno que originalmente ficavam no beiral, hoje só restaram os pedestais. Essa casa fica na Rua do Comércio, quase em frente à sorveteria Paraty, aliás, uma dica ótima é o sorvete de gengibre dessa sorveteria que é a melhor da cidade em minha opinião !!. Esse sobrado, construído no século XIX tem uma fachada elegante e as cornetas sob as sacadas (elemento para o escoamento da água de chuva) são de bronze. Preste atenção nas telhas do beiral! Essa família com certeza tinha “eira e beira”!



Perto do sobrado dos bonecos, do outro lado da rua, você verá a única casa construída no final do século XIX, em estilo eclético no centro histórico de Paraty. Todo o fervor e riqueza desta época podem ser observados através dessa construção: O sobrado tem um porte bem maior, com uma implantação diferente: entrada pela lateral através de escadas e jardins. A fachada continua alinhada junto da rua, mas a liberação da lateral, onde existe um jardim, gera possibilidades de arejamento e iluminação, desaparecendo as alcovas e fazendo surgir os primeiros banheiros. O novo estilo, o ecletismo, tem um forte decorativismo presente em todos os detalhes. As construções adquirem uma grande sofisticação com os produtos importados. Passam a ter platibandas (elemento que substitui o beiral) para esconder o telhado, porões altos e janelas com bandeiras em massa decorativa. As fachadas passam a ser revestidas de massa com motivos decorativos; as paredes construídas de tijolos e cal, com maior precisão e menor espessura; São utilizados vidros decorados com motivos florais, e surgem as primeiras venezianas e telhados de quatro águas. É o único exemplo dentro do centro histórico e como foi tombada também, permanecerá assim. Nada contra...mas salve as casas coloniais de Paraty!!

Falando em construções, a outra metade da minha família daqui, que não vive da pesca, trabalha na construção civil e tenho um orgulho danado em contar que meu tio “Pequenino”, participou da construção da antiga ponte da matriz como pedreiro-mergulhador. Ele mergulhava em apnéia para encher os pilares de concreto embaixo d'água. Hoje essa ponte não existe mais. Ano passado a ponte foi trocada por uma mais alta e mais larga para a passagem dos turistas e barcos que hoje circulam pelo Rio Perequê. O rio foi alargado depois de dragado e hoje comporta um pequeno cais ao lado da igreja de N. S. dos remédios, a matriz da cidade, para levar os turistas às ilhas.

Minha família morava no Catimbal, povoado no pé da serra do mar e lá eles viviam da agricultura: cana de açúcar, banana, palmito. Depois da morte prematura do meu avô, minha avó veio morar no centro de Paraty com seus nove filhos (minha mãe é a caçula) e aqui eles cresceram, casaram e vivem até hoje.

Minha mãe acabou saindo de Paraty e foi morar no Rio, casou-se com meu pai que era carioca. Eu e meus irmãos, também cariocas, crescemos e nos casamos no Rio e hoje estamos aos poucos retornando à Paraty com a intenção de ficar.

Há alguns anos tive a oportunidade de comprar minha casa em Paraty e agora me sinto definitivamente uma paratiense!

Paraty que já teve alambiques famosos com cachaças conhecidas internacionalmente, hoje vive praticamente do turismo. Os paulistas estão em maioria na cidade e os Franceses são os estrangeiros que mais nos visitam.

Temos hoje mais de 365 pousadas, quase 100 restaurantes e eventos praticamente todos os fins de semana.

Paraty recebe hoje as feiras e festivais mais importantes do país, a FLIP de Paraty (Festa Literária de Paraty) é uma das mais famosas, mas temos os festivais gastronômicos, de fotografia, cinema, da pinga, do camarão e tantos outros que atraem pessoas de todos os lugares.

O povo paratiense é na maioria católico e as festas sacras fazem parte do calendário festivo da cidade. A festa do Divino é a minha preferida! A cidade é toda enfeitada de vermelho e a procissão é acompanhada até hoje pela minha família.

Vir a Paraty e não conhecer os detalhes é perder um pedaço da história.

Para quem gosta de caminhada vale a pena circular no centro histórico, que também pode ser percorrido com charretes que ficam estacionadas na praça da matriz. Os meninos condutores irão explicar um pouco da história enquanto levam você pelas ruas num passeio que irá lhe remeter ao passado.

O casario do centro histórico hoje é ocupado por restaurantes de todo tipo, cafeterias charmosíssimas, lojas de roupas e artesanatos, livrarias, bares movimentados, sorveterias, pizzarias, padaria, centro cultural e várias pousadas.

Poucas casas ainda são habitadas por família paratienses e as que são de propriedade particular, foram ricamente restauradas e tornam-se um convite para uma espiadinha quando encontramos uma porta ou janela aberta.

Uma boa caminhada com uma pequena subida na direção da praia da Jabaquara irá levar você até o forte “Defensor Perpétuo” de Paraty, construído em 1703. Em 1822 ele sofreu uma reforme e ganhou o nome definitivo dado pelo imperador D. Pedro I e passou a ser chamado “Defensor Perpétuo do Brasil”. Lá você verá no pequeno museu onde abriga hoje o Centro de Tradições Populares de Paraty os objetos relacionados ao modo de vida do povo paratiense, verá também a casa da pólvora que é um raro paiol remanescente desse tipo de construção no país e os canhões usados na defesa da baía de angra. A vista magnífica da baía vai lhe encantar e por uma pequena passagem entre as árvores você alcançará o mar numa piscina natural deliciosa para um mergulho.

Seguindo o morro do forte você chegará à praia da Jabaquara. Uma praia que até pouco tempo atrás não era habitada e hoje tem quiosques com amendoeiras que são um convite para passar o dia. É da pra da Jabaquara que todos os anos sai o “Bloco da Lama”, famoso bloco carnavalesco que incrivelmente não tem música, nem fantasia, é só você se sujar de lama e seguir o bloco imitando os sons que eles repetem o tempo todo: “UGA UGA UH UH”. Não é difícil, é? Esse bloco, que hoje é o mais concorrido e famoso do carnaval paratiense, me “matava” de medo quando criança e confesso que até hoje. Quando ele passa trazendo as pessoas absolutamente cobertas pela lama escura, irreconhecíveis e espalhando a lama em todos ao redor, meu coração dispara como acontecia quando era pequena, mas você não pode deixar de experimentar, nem que seja para assistir!

Falando em carnaval, os blocos de rua atraem foliões de todas as idades e lugares. A cidade tem programação o dia inteiro e é comum vermos pelas ruas meninos vestidos com bonecos gigantes de papel machê, vestidos de “Clovis” ou “bate-bola” e ainda, as fantasias que fazíamos artesanalmente em casa quando éramos crianças, lembra?

As igrejas são um passeio à parte. A igreja de Nossa Senhora dos Remédios, que fica na praça principal é a matriz da cidade e nela toda minha família foi batizada, se casou e freqüenta as missas até hoje. Toda a vez que entro, fecho os olhos para tentar ver meus pais no altar, se casando e pensar que eles não poderiam nem imaginar que um dia eu estaria ali sentada, com meus filhos, amanhã meus netos...uma viagem isso, não é?

Em 1646, D. Maria Jacome de Mello doou uma área para que ali fosse construída uma capela dedicada a N. S. dos Remédios e ao redor dessa capela se formou o povoado de Paraty. Em 1787, essa capela que era pequena para receber os moradores da cidade e iniciaram então a construção de uma nova igreja em estilo neoclássico, maior e mais suntuosa. A sete de setembro de 1873, foi entregue ao público, mesmo inacabada (você irá notar as torres inacabadas e o fundo da igreja sem terminar), sendo precedida a benção por uma procissão da Igreja de Santa Rita para a Igreja N. S. dos Remédios e esse translado é repetido todos os anos na festa da padroeira.
No interior da igreja encontram-se imagens dos séculos XVII, XVIII e XIX entre outras, a de São Roque (a mais antiga das imagens, vinda da primeira capela do povoado), a de São Miguel das Almas, a de São Francisco, a do Senhor dos Passos, a de Nossa Senhora das Dores e a do Sagrado Coração de Jesus. No altar-mor está a Padroeira Nossa Senhora dos Remédios, ladeada pelos seus pais, Sant’Ana e São Joaquim. Próximo à entrada, no lado esquerdo, está o batistério com a pia batismal em mármore.

A igreja de Santa Rita, cartão postal da cidade, fica em frente ao cais e recebia todos os visitantes com a imagem graciosa da sua fachada e ao fundo as palmeiras imperiais que estão por toda a cidade. Esta igreja foi aberta ao público em 30 de junho de 1722, tornando-se a mais antiga igreja de Paraty devido às demolições da Capela de São Roque (que ficava no morro do forte) e das capelas antes da construção da igreja da Matriz. É interessante observar os detalhes trabalhados do gradil da sacada interna, o trabalho na madeira das portas e dos altares laterais, o galo marcador de vento na torre externa e o relógio na fachada. Numa construção anexa à igreja, está o cemitério da Irmandade (com tumbas embutidas), construído no século XIX. Existe nesse anexo um poço de água transparente que muitos acreditam ser milagrosa, mas não é mais aberto ao público. Assim como todas as igrejas de Paraty, esta possui fachada voltada para o mar. Atualmente a Igreja da Santa Rita vem sendo utilizada para concertos, peças de teatro, exposições e conferências. Nos fundos da igreja está o Museu de Arte Sacra. Uma curiosidade é que a igreja de Sta. Rita está afundando e foi feito um rebaixamento para a entrada principal.
O afundamento provocou uma leve inclinação que está sendo monitorado por profissionais da área. As missas não são mais celebradas nessa igreja.

Ao lado da igreja de Sta. Rita está o prédio do Quartel da Fortaleza Patitiba (1703) que fazia parte de uma das sete fortificações que protegiam a baía de Paraty. Durante um longo período, até 1980, funcionou como cadeia. As visitas são permitidas e você verá as celas, móveis e documentos da época.

A igreja de N. S. do Rosário e São Benedito, destinada aos escravos, teve sua construção iniciada em 1725 e terminada definitivamente em 1757, possuindo características do estilo maneirista. Procure notar nessa igreja a base em pedra do púlpito (tribuna onde os padres celebravam a missa), o adorno em forma de abacaxi que serve de suporte ao lustre de cristal e os altares dourados de São Benedito e São João. O altar-mor é dedicado a Nossa Senhora do Rosário.

Em frente à igreja de N. S. do Rosário e São Benedito, fica o prédio onde abriga a câmara municipal de Paraty no segundo piso, onde há um acervo de móveis e peças que pode ser visitado de segunda à sexta-feira.

A igreja de N. S. das Dores, construída em 1800 pela aristocracia, até 1820 ainda não havia sido terminada. Com a decadência da cidade, a igreja ficou abandonada até 1901, quando a Irmandade de Nossa Senhora das Dores, composta somente por mulheres, assumiu a reforma. É atualmente conhecida com “Capela das Dores” ou “Capelinha”. Projetada para ter duas torres, apenas uma foi concluída. Na parte de trás da igreja há um cemitério com tumbas embutidas. Não deixe de observar nessa igreja os detalhes das sacadas internas em madeira rendilhada e o galo marcador da direção dos ventos na torre. Não celebram mais missas nessa capela e poucas vezes a vemos aberta.

No final da Avenida Roberto Silveira (principal acesso da cidade), está a praça do chafariz que foi restaurada em 2009. O Chafariz do Pedreira ou Chafariz de Mármore como é conhecido, foi construído em 1851, pelo conselheiro Luiz Pedreira do Couto Ferraz, presidente da província na época.

Outro passeio muito interessante e que particularmente me emociona é uma visita à Casa de Cultura de Paraty, que fica na Rua Dona Geralda. Este casarão, antes de ser centro cultural, era o clube da cidade...me lembro de muitos carnavais passados nele.
Na exposição permanente do segundo piso você verá fotos e histórias de caiçaras locais (habitantes das zonas litorâneas) e alguns são meus parentes! Esse sobrado de dois andares é, segundo a UNESCO, um dos mais representativos da arquitetura do século XVIII. Note a influência da maçonaria nos cunhais! Na entrada, onde imagens de índios ocupam todas as paredes, você verá também, protegido por uma grossa camada de vidro, um tapete de serragem lindíssimo, típico das festas religiosas locais. Na Casa de Cultura você ainda encontrará uma livraria, cafeteria e um teatro aonde ocasionalmente peças e palestras acontecem.

A Santa Casa de Misericórdia (1822), que fica na praia do Pontal, tem como patrono São Pedro de Alcântara (nome da Rua onde se encontra a Sta. Casa), em homenagem a D. Pedro I. O prédio é um exemplo de como eram construídos os hospitais no século XIX.

Todos os lugares que mencionei até aqui podem ser visitados à pé, aliás a maior vantagem é poder caminhar livremente em Paraty sem se preocupar com transito ou segurança. Aproveite!

Próximo à Paraty você também pode fazer passeios muito bacanas. Os alambiques que hoje em dia não funcionam mais como antes pois as famílias proprietárias já não vivem mais só da produção de cachaça. Um dos mais famosos é a Fazenda Muricana, que hoje é um lugar super agradável para uma visita. Você verá um pequeno zoológico com animais da região, praticará arvorismo, almoçará uma deliciosa comida regional, poderá tomar uma ducha de água de cachoeira que há lá, verá pavões e emas andando soltos pela fazenda e claro, provará a famosa cachaça Muricana.

Outro alambique que costumo levar meus amigos para conhecer é o Corisco, que fica no caminho da cachoeira do Corisco, que eu adoro! Esse alambique é menor, mas você verá e provará a cachaça que é envelhecida em barril de canela!

As praias do centro de Paraty, Pontal e Jabaquara, não são boas para banho de mar. Sentar num dos quiosques na beira do mar, sob a sombra das amendoeiras é muito bom!! E apesar de não beber, sugiro que provem as caipirinhas com cachaça de Paraty!!

Algumas praias próximas à Paraty são perfeitas para banho e divertimento! Trindade fica a 17 km em direção à São Paulo e São Gonçalo fica a 20km em direção ao Rio.
Trindade é um lugar que você não pode deixar de ir. São 5 praias, desde a primeira que é ótima para praticar surf , até a praia do cachadaço com vários quiosques e água perfeita para ótimos mergulhos, com a cachoeira que se junta com o mar. A cidade é pequena, cheia de pousadas e restaurantes bem legais. Vale a pena o passeio!

São Gonçalo e São Gonçalinho são praias deliciosas na beira da estrada com uma pequena infra-estrutura de quiosques e barcos que podem levar você para as ilhas que ficam logo em frente, pois lá existem mais quiosques e a água é ainda mais clara.
Perto de Paraty tem mais cachoeiras e todas são ótimas, para você conhecer e se banhar.

3 comentários:

raquel disse...

Oi! Prima, td bem? Adorei sua página sobre Paraty. Agora p/ ficar mais linda sua página colocar fotos q vc tem várias. bjs

Regina Segura disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Regina Segura disse...

Oi prima! Que bom que gostou!!
Estou selecionando as fotos e em breve vou postar sim!! Não dá pra falar da nossa terra sem mostrar as belas imagens...aguarde!!
beijossss